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Onde e como Israel vai responder ao Irã

Decisão de retaliar foi tomada em sucessivas reuniões do Gabinete de Guerra, apesar dos apelos dos aliados para que ciclo de vinganças seja interrompido

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Objetos interceptados pela defesa de Israel em Ashkelon
Objetos interceptados pela defesa de Israel em Ashkelon
Amir Cohen/Reuters

A questão entre os aliados e inimigos de Israel é como será, e quando, a retaliação da retaliação, iniciada em 1º de abril, com o assassinato de sete militares iranianos num anexo da embaixada do Irã em Damasco, na Síria.

Agora é a vez de Israel, pelo ataque de 300 mísseis e drones no sábado. A decisão de retaliar foi tomada em sucessivas reuniões do Gabinete de Guerra, apesar dos apelos dos aliados para que o ciclo de vinganças seja interrompido.

Israel demonstrou no passado que pode atacar o Irã sem mandar mísseis ou a sua força aérea. Em 2010, um vírus batizado de Stuxnet, criado por engenheiros israelenses e americanos, infectou 30 mil computadores no Irã, entre eles os das usinas nucleares de Bushehr e de Natanz, que ficaram paralisadas. O vírus chegou às instalações atômicas da Índia.

Israel também destruiu fábricas e depósitos de drones na Síria e no Irã, disparando mísseis de aviões ou em operações de agentes secretos do Mossad. Houve um tempo em que Israel perseguiu e matou os cientistas nucleares que trabalhavam no Irã, para dissuadir novos contratados. Nenhum desses modelos de ataque seria considerado uma massiva retaliação à altura do inédito bombardeio iraniano a Israel no sábado passado, que feriu apenas uma garota beduína e causou pequenos danos a uma base aérea.

As escaramuças entre Hezbollah e Israel não entram na lógica da retaliação porque foram iniciadas com a guerra em Gaza, em 7 de outubro, e continuam. Nesta terça-feira, dois drones feriram três israelenses na Galiléia, depois que penetraram sem acionar os alarmes de ataque aéreo. Na represália, Israel matou o comandante do setor do litoral do Hezbollah, Ismail Yusaf Baz, atingido quando viajava de carro na área de Ain Ebel.

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