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Precatórios: Lupi confirma mudança do PDT e diz que apenas um deputado segue a favor

Presidente confirmou que o partido vai orientar contra a proposta na votação em segundo turno

Da Redação, com BandNews TV

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ao BandNews TV que o partido realizou uma reunião nesta terça-feira (9) e apenas um deputado afirmou que pretendia manter o voto a favor da PEC dos Precatórios no segundo turno. De acordo com Lupi, os outros parlamentares que haviam sido favoráveis no primeiro turno foram convencidos de que não poderiam “dar um cheque em branco ao governo Bolsonaro” e aceitaram recuar.

O texto-base da proposta foi aprovado em primeiro turno na semana passada por 312 votos contra 144. Na ocasião, 15 filiados ao PDT votaram a favor. A votação em segundo turno está prevista para acontecer em sessão nesta tarde na Câmara.

“Durante os últimos 4 ou 5 dias, conversamos com cada parlamentar e a decisão foi unânime. Hoje, em reunião, apenas um deputado votou contra o novo encaminhamento: o subtentente Gonzaga de Minas Gerais, que está de saída do PDT”, contou Lupi.  

Questionado sobre os motivos pelos quais os deputados votaram a favor inicialmente, o presidente do partido negou qualquer interesse em “verbas secretas”, fazendo referência ao orçamento paralelo, e disse que eles consideravam que os valores liberados pela PEC seriam importantes para futuros investimentos em educação.

“Nenhum deputado do PDT participou de qualquer verba secreta. Foi por defesa dos investimentos em educação e considerando também que era provável a aprovação com vantagem grande, já que o governo tem a base do centrão. Eles se surpreenderam com o resultado e começaram a se convencer que estavam legitimando algo que não poderiam, um cheque em branco ao governo Bolsonaro", declarou.

Candidatura de Ciro Gomes

Carlos Lupi confirmou ainda que Ciro Gomes continua sendo o pré-candidato à Presidência da sigla nas eleições de 2022. Na semana passada, após a votação em primeiro turno da PEC, Ciro havia anunciado a suspensão de sua candidatura como forma de protesto

“O Ciro fez esse ato em um gesto de inconformismo contra uma votação que ele já vinha condenando. Foi um gesto para mostrar inconformismo. Agora, a candidatura não pertence a ele, pertence ao partido, a um projeto nacional que ele representa (…). Ciro está na campanha. Ele tomou a dose de reforço da vacina [contra covid-19] e não passou bem a última noite, por isso não participou da reunião, mas falo com ele permanentemente, falei antes e depois da votação. Ele está com a gente.”

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