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Pediatras assinam carta de apoio ao retorno das aulas presenciais

da Redação com Rádio Bandeirantes

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Manifesto diz que escola deveria ser tratada como "serviço essencial"
Unsplash

Cerca de 600 pediatras brasileiros assinaram um documento fornecendo dados e informações científicas e pedindo o retorno das aulas presenciais no país. Segundo a Dra. Stephanie Galassi, uma das responsáveis pelo movimento, o benefício do convívio das crianças nas instituições de ensino é atualmente maior que os riscos de infecção pelo coronavírus.  

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“O ano de 2020 foi uma surpresa para todo mundo. Ninguém esperava por isso. Quando chegou a covid-19, ninguém sabia qual seria o risco às crianças. Nessa situação era necessário fechar as escolas. Precisávamos estudar melhor e entender a repercussão da pandemia na infância. Ao longo dos meses, os estudos trouxeram segurança à reabertura. Isso fez com que a gente se juntasse para trazer informações científicas de qualidade para a sociedade contra as fake news”, disse ao Jornal Gente da Rádio Bandeirantes.  

Segundo a pediatra, o manifesto tem três objetivos: tranquilizar os pais, as crianças e os professores quanto à reabertura, explicando que, com os protocolos de segurança, o retorno pode ser seguro para todos os envolvidos. 

“Hoje sabemos que as crianças não são consideradas espalhadoras da doença. Tínhamos esse receio, sim, no início. Receio quanto à gravidade da doença nelas também. Por isso fecharam as escolas corretamente. Agora, os dados evoluem e precisamos acompanhar. A criança tem menos possibilidade de ficar doente. Quando contrai, tem poucos sintomas ou nenhum sintoma. Estando assintomática, a probabilidade de ser uma grande transmissora também é menor (...). Nos últimos meses, as pessoas estão expostas no dia-a-dia em situações de maior risco, seja por lazer seja por trabalho. Estão circulando. E os estudos mostraram que as crianças não foram o ‘caso índice’ nas famílias potencialmente contaminadas.”

A Dra. Stephanie Galassi ressaltou que, nesse contexto de retomada de estabelecimentos de comércio e serviço, a escola deveria ter sido tratada como essencial.  

“Nós sempre trabalhamos com a relação custo-benefício. Na escola, existe, sim, risco de adoecimento por alguns vírus da infância, mas o benefício é maior que esse risco. No período de isolamento observamos aumento nos índices de obesidade, ansiedade, depressão, suicídio. Além disso, não podemos esquecer que a escola oferece comida, alimento. Isso também precisa ser pensado em um momento de aumento das desigualdades sociais.”

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