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Pesquisadora indica segredo do sucesso do rádio no Brasil em 100 anos

Em entrevista ao Canal Livre, a pesquisadora Magaly Prado também faz paralelo do rádio com as redes sociais e aponta o que ambos têm em comum

Da redação

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História define o Canal Livre deste domingo (14), pois o programa entrevistará a pesquisadora Magaly Prado e o apresentador Milton Neves, da Rádio Bandeirantes, para falarem sobre os 100 anos do rádio no Brasil.

O Canal Livre vai ao ar a partir das 20h, no BandNews TV. Depois da série Breaking Bad, às 23h30, o programa será transmitido na tela da Band. A apresentação é de Rodolfo Schneider. O jornalista Sérgio Gabriel participa como entrevistador.

O poder da emoção

Na edição de hoje, você entenderá a transformação e evolução dessa mídia ao longo do tempo, mas, claro, sem deixar de lado a principal característica, a intimidade com o ouvinte. No contexto de redes sociais, a emoção transmitida pelas ondas sonoras pode ser considerada o motivo do sucesso do rádio ao longo de um século no Brasil, indicou a pesquisadora ouvida.

“Se a gente for pensar, hoje, nas redes sociais, mensageiros instantâneos, tudo tem emoção. Isso é que levanta a comunicação, hoje. Então, é desde o rádio. O rádio trazia essa questão da emoção. Tem que ter a emoção porque é isso que prende o ouvinte. Hoje, nas redes sociais, o que bomba é a questão do engajamento. E o engajamento é feito pelas emoções”, analisou Magaly.

Do elitismo à popularização

O programa já começa com o fato histórico da primeira transmissão de rádio no Brasil, durante as comemorações do centenário da Independência, em 1922. A partir de então, apesar de tímida, a popularização do rádio começou, principalmente, entre as famílias mais ricas, como explicou Magaly em resposta a Sérgio Gabriel.

Na sequência, Magaly explica quando o rádio se tornou mais popular entre as massas. No caso, as propagandas e publicidades contribuíram para o sucesso do meio entre os mais pobres.

“Quando você tem como pagar, então, o rádio se profissionaliza. Ele pode contratar pessoas. Não é mais aquele começo em que os colecionadores de vinil contribuíam com a programação. A partir daí [da profissionalização], começa-se a ter uma remuneração. Então, o rádio começa a ter uma grade”, explicou a pesquisadora.

Paixão de Milton Neves pelo rádio

Milton Neves, na outra ponta, compartilha o início da paixão dele pelo rádio. Ele relembra a admiração que teve pela Rádio Bandeirantes e pelo radialista Hélio Ribeiro. Além disso, o apresentador destacou o que espera do rádio daqui para frente.

“O futuro do rádio é absolutamente eterno. Todos nós passaremos. O rádio jamais passará”, refletiu Milton Neves.

O jornalista, radialista e apresentador também comentou sobre o início de carreira. Ele relatou que ouvir a programação da Rádio Bandeirantes, entes mesmo de trabalhar na emissora, foi essencial para seguir na profissão que, hoje, o consagra como um dos ícones da comunicação brasileira.

“Eu trabalhava na Rádio Continental de Muzambinho, uma rádio clandestina. No intervalo, eu fui ao bar do Bibi, que, mais tarde, se tornou o meu sogro. Ele estava ouvindo ‘O Poder da Mensagem’, na Rádio Bandeirantes. Aí eu disse ‘Eu ainda vou trabalhar na Rádio Bandeirantes’. Aí ele [Bibi] falou: ‘Vai. Você vai cuidar dos banheiros da Rádio Bandeirantes’. Ele não falou por maldade, mas porque era inatingível trabalhar na Rádio Bandeirantes”, relatou o convidado.

O esporte no rádio

Em sintonia com a fala de Magaly sobre a emoção no Rádio, Milton Neves conta como o esporte começou a fazer parte das rádios. Ele criticou o tom neutro, nada emotivo, usado pelos narradores de futebol da época. É aí que surge Nicolau Tuma, posteriormente conhecido como “a metralhadora do rádio”.

“Aí nasceu a ‘metralhadora’ [Nicolau Tuma], que passou a vibrar com o jogo, porque era morto. Era uma coisa terrível”, disse Milton Neves.

Atualmente, Milton Neves comenta as principais notícias da bola no Brasil e no mundo, diariamente. Com 35 anos de experiência, ele é um dos maiores nomes do jornalismo esportivo no rádio e televisão, à frente de uma coluna na BandNews FM e dos programas Domingo Esportivo (Rádio Bandeirantes) e 3º Tempo (Band).

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