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Polícia conclui inquérito e pede pela 3ª vez prisão de motorista de Porsche

Fernando Sastre de Andrade Filho foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, lesão corporal e fuga de local de acidente

Da Redação

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A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito do acidente envolvendo o Porsche dirigido por Fernando Sastre de Andrade Filho, que bateu em um Renault Sandero e causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, e pediu a prisão do empresário pela terceira vez. 

O caso aconteceu em 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, na região do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Segundo laudo, o veículo de luxo estava a 156 km/h, sendo que a velocidade máxima permitida na via é de 50 km/h, 

Fernando foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, lesão corporal e fuga de local de acidente. 

Com a conclusão do inquérito pelo 30° Distrito Policial (Tatuapé), o caso será apreciado pelo Ministério Público, que poderá ou não denunciar Fernando pelos três crimes e deve decidir se concorda ou não com o novo pedido de prisão. Na sequência, o caso seguirá para a Justiça, que vai decidir se o empresário irá se tornar réu. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública à Band. 

Reconstituição do crime

A Polícia Civil de São Paulo realizou a reprodução simulada do acidente com o Porsche que matou um motorista de aplicativo na Zona Leste da capital paulista e foi pedida pela promotora Monique Ratton, do Ministério Público de São Paulo.

A Polícia Técnico-Científica informou que utilizaria um scanner digital e drones para possibilitar a reprodução dos fatos em 3D. A tecnologia vai permitir fazer um levantamento topográfico e um mapeamento do ambiente em 360º.

A ideia é dar ao perito a possibilidade de analisar o acidente por diversos ângulos e fortalecer o conjunto de provas utilizado no caso.

Sindicância reconhece erro dos PMs

Os policiais militares falharam ao não fazer o teste do bafômetro no motorista da Porsche Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, após colisão com um Renault Sandero, que provocou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar chegou à conclusão da falha a partir da análise das imagens das câmeras corporais dos agentes. Um procedimento foi aberto para a responsabilização dos policiais na esfera administrativa. 

“A SSP informa que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia. Diante disso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais na esfera administrativa”, informou em comunicado. 

A pasta também reforça que os laudos da perícia e as imagens das câmeras corporais também foram entregues à Polícia Civil. “Nos próximos dias será realizada uma reconstituição 3D para auxiliar no trabalho de investigação, que está na fase final. O caso está sob segredo de Justiça e detalhes serão preservados”, finalizou. 

Pedidos de prisão negados e medidas cautelares

Anteriormente, a Justiça de São Paulo negou dois pedidos de prisão do condutor do Porsche envolvido no acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, na Zona Leste de São Paulo, mas impôs medidas cautelares e ele responde, atualmente, em liberdade. 

Fernando Sastre Filho pagou uma fiança de R$ 500 mil e não poderá sair da cidade por mais de oito dias, mudar de endereço sem aviso prévio ou ainda sair do Brasil em qualquer circunstância.

O empresário também terá que manter uma distância mínima de 500 metros do amigo que sobreviveu ao acidente. A medida também é válida para familiares de Marcus Vinicius e outras testemunhas do caso. 

Porsche a 156 km/h

“A perícia da velocidade média do Porsche indicou que o veículo estava a mais de 150 km/h instantes antes do acidente. O Ministério Público de São Paulo pediu perícia escaner em 3D para elucidar o acidente com detalhes”, disse o MPSP em nota enviada à Band. 

Depoimento à polícia 

O amigo que estava na Porsche no momento do acidente que matou o motorista Ornaldo Viana desmentiu a namorada do dono do carro de luxo, Fernando Sastre de Andrade Filho. Em depoimento prestado dentro do hospital, ele citou que o empresário estava alterado ao pegar o carro para dirigir. 

Segundo informações do advogado do amigo de Fernando Sastre dadas ao repórter Lucas Martins, do Brasil Urgente, o jovem disse que o empresário bebeu em um jantar, antes de irem a uma casa de pôquer. 

Ele afirmou ainda que, no local, ficaram separados e, ao sair, Sastre estaria visivelmente alterado e decidiu pegar o carro para dirigir. 

O depoimento desmente a versão da namorada, que disse que ele não teria bebido. Uma amiga dela também contou que o empresário estava alterado e não quis que ninguém assumisse a direção do Porsche e destacou que todos tinham tomado alguns drinks com um casal de amigos.

Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do carona da Porsche no momento do acidente, ficou gravemente ferido, mas recebeu alta hospitalar em 12 de abril. 

Entenda o caso 

O acidente aconteceu na madrugada do dia 31 de março, Ornaldo da Silva Viana chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. O amigo de Fernando, Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no banco do carona da Porsche no momento do acidente, ficou gravemente ferido, mas recebeu alta hospitalar em 12 de abril

O acidente foi gravado por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver que o carro de luxo colidiu na traseira do Sandero com muita velocidade. Após o choque entre os veículos, os carros vão para a lateral da pista, chegando a atingir um poste. 

Fernando Saste de Andre Filho, de 24 anos, fugiu do local do acidente. A mãe do motorista da Porsche disse aos policiais que ele seria encaminhado ao Hospital São Luiz Ibirapuera. Porém, quando os agentes foram até a unidade de saúde para colher informações e para ele realizar o teste do bafômetro, foram informados que o motorista da Porsche não deu entrada em qualquer hospital da rede. 

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