A Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Trabalho resgatou 49 pessoas em condição análoga à escravidão em 10 garimpos ilegais na região sudoeste do Pará. A ação ocorreu na quinta-feira (21) e visa combater o trabalho escravo contemporâneo, extração ilegal de minérios e crimes ambientais na região.
Na ação, cinco garimpos ilegais de ouro e cinco de cobre foram fechados. Pelo menos 28 trabalhadores estavam em um mesmo empreendimento. Outros 17 estavam em outro garimpo e no terceiro, único ponto desativado há pouco tempo, outros quatro funcionários.
Os trabalhadores estavam abrigados em barracos de lona, cobertos com palha, de chão batido, sem paredes ou qualquer proteção contra a ação do clima ou animais peçonhentos. A água utilizada para consumo, banho e preparo de alimentos vinha de um córrego com resíduos de mercúrio.
Não havia equipamentos de proteção, materiais de primeiros socorros, instalações sanitárias, entre outros. Eles também não tinham salário fixo, recebiam em sua maioria um percentual de 3% sobre o que era extraído.
O dono de um dos garimpos foi preso em flagrante. A PF apreendeu 5 escavadeiras hidráulicas, mercúrio, ouro, armas, munições e documentos contendo dados sobre a contabilidade das atividades. A ação contou com a participação de 36 policiais Federais, 3 procuradores do Trabalho, 2 servidores do Ministério Público do Trabalho e 6 agentes de polícia do Ministério Público da União.