115 mortos no atentado em Moscou, e contando. Entre os mais de cem feridos, 16 estão em estado crítico e 44 em estado grave.
Entre 11 suspeitos presos pelas forças de segurança (FSB) estariam os quatro terroristas do Estado Islâmico-K (de Khorasan, no Paquistão, que também atua no Afeganistão e no Irã). Dois deles teriam sido encontrados perto da fronteira com a Ucrânia, segundo informações da Rússia, suspeita de querer incriminar o governo ucraniano, que desmentiu qualquer envolvimento.
Um roqueiro da banda veterana Piknik, que se apresentaria para 6 mil pessoas, está desaparecido. Muitos russos fazem fila para doar sangue em Moscou. O presidente Vladimir Putin divulgou nota em solidariedade as famílias das vítimas e agradecendo às equipes médicas que trabalharam no socorro e nos hospitais. É esperado que ele se pronuncie mais tarde sobre o atentado, um dos mais mortais sofridos pela Rússia.
O atentado começou às oito da noite e o incêndio no auditório Crocus City Hall, parte de um shopping center em Krasnogorsk, foi controlado às cinco da manhã. O teto desabou. O fogo foi ateado por explosivos e um líquido inflamável espalhado pelo grupo terrorista.
O governo americano apressou-se em desmentir qualquer ligação do atentado com a Ucrânia, ao fim de um dia em que Kiev, a capital ucraniana, foi alvo de mísseis hipersônicos. Ele também antecipou à Rússia e alertou os cidadãos americanos no país para a iminência de um atentado, em 7 de março, mencionando que um alvo poderia ser um concerto. Putin reagiu como se não passasse de “provocação” para desestabilizar seu governo, agora num quinto mandato. Ele fez campanha como o único russo capaz de proteger os russos e a Rússia.
Chefes de Estado e Yulia, viuva de Navalny, opositor de Putin morto recentemente na prisão, na Sibéria, enviaram notas de solidariedade aos russos.