A revista Economist abre uma exceção à sua própria recomendação de que “os jornalistas não deveriam passar muito tempo a escrever sobre jornalismo”, e publica um texto de 17 mil palavras assinado por James Bennet, que se demitiu do cargo de editor de Opinião do New York Times, do qual foi também correspondente em Israel, na Casa Branca e chefe da sucursal em Detroit.
Está na capa desta semana: “A mídia e a mensagem: O jornalismo e a eleição presidencial de 2024.” Dentro da revista, o título do ensaio sinaliza um ataque: “Quando o New York Times perdeu o rumo”.
A Economist, onde Bennet hoje é colunista e editor sênior da seção Lexington, lembra uma frase do presidente e “pai da Constituição” James Madison, escrita em 1822: “Um governo popular sem informação popular, ou os meios para a adquirir, não passa de um prólogo de uma farsa ou de uma tragédia; ou, talvez, de ambas”.
A análise de mais de 600 mil peças de jornalismo escrito e televisivo, diz a Economist, “mostra que a linguagem dos principais meios de comunicação social americanos se afastou do centro político, aproximando-se da terminologia e dos temas preferidos do Partido Democrata. Este fato pode diminuir a credibilidade dos meios de comunicação social entre os conservadores.”