Os tanques israelenses cercaram o hospital Al Shifa, em Gaza, na noite de terça-feira. Era o momento mais esperado nos 40 dias de guerra. O que aconteceu foi uma surpresa, pois eles começaram a "disparar" incubadoras para recém-nascidos, alimentos para bebês e suprimentos médicos.
Outros israelenses de forças especiais entraram no Shifa, foram de ala em ala, e no subsolo, a principal estação do "metro de Gaza". Gritavam em árabe para quem estivesse armado se rendesse. Entrevistaram médicos e pacientes. Tiroteio, só do lado de fora, quando cinco homens do Hamas confrontaram as FDI (Forças de Defesa de Israel) e foram mortos.
Invasão tão anunciada por Israel, e criticada por vários líderes mundiais e a ONU, a "estação do metrô" de Al Shifa estava desertada. Só restaram provas concretas de que o Hamas esteve aquartelada nela. Dos reféns, nada, além de suposições. Um oficial israelense prometeu mostrar as "provas concretas" de que ali seria o quartel-general do terror: num vídeo divulgado pelas FDI aparecem armas, laptops e mesa de comando com telefones. Até uniformes do exército israelense foram encontrados.
Na manhã desta terça-feira, os soldados ainda investigavam o QG do Hamas, com a promessa de que devem se retirar logo. "Nosso objetivo é levar [os reféns] para casa. Nosso objetivo é procurar o Hamas onde quer que eles estejam se escondendo", disse o tenente-coronel (res.) Peter Lerner à imprensa.