Terceiro voo com repatriados de Gaza chega a Brasília

Ao todo, 30 pessoas foram repatriadas na nova leva - 16 são brasileiros e 14 são familiares palestinos.

Por Deutsche Welle

O governo brasileiro repatriou neste sábado (23/12) um novo grupo de 30 pessoas que estavam na Faixa de Gaza, no meio da escalada do conflito entre Israel e o grupo Hamas. Os brasileiros e seus parentes chegaram às 6h53 deste sábado a Brasília, em um avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB).

O voo havia decolado do Cairo, capital do Egito, na tarde desta sexta-feira, e durou 13 horas e 56 minutos. Ao todo, estavam a bordo do voo 16 brasileiros e 14 parentes palestinos.

Inicialmente, 32 pessoas estavam na lista do Ministério das Relações Exteriores para embarcar com destino ao Brasil, porém, um dos passageiros desistiu da viagem e um homem idoso sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) antes do embarque e foi encaminhado a um hospital egípcio.

"A situação é muito difícil. Não há lugar seguro em Gaza. As crianças estão sempre com medo", declarou um dos repatriados, após chegar à capital brasileira.

O governo federal informou que alguns dos repatriados que chegaram a Brasília partirão em novos voos, ainda neste sábado, sendo que quatro repatriados seguirão para Rio de Janeiro, e 23, para São Paulo, em voos da FAB. Os três restantes viajarão para Vitória (ES), em voo comercial, com passagens adquiridas pelo Ministério da Justiça. O objetivo é que esses passageiros passem o Natal nestes destinos. Alguns deles têm parentes residentes no Brasil ou que vieram em voos anteriores da operação brasileira.

Desde o início do conflito, 1.555 passageiros em 13 voos que já regressaram ao Brasil, vindos tanto de Israel como da Faixa de Gaza.

Após os ataques do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro, que mataram mais de 1,2 mil pessoas, a Faixa de Gaza vem sendo alvo de constantes bombardeios, além de uma ofensiva terrestre.

Autoridades ligadas ao Hamas afirmam que mais de 20 mil pessoas morreram nos ataques israelenses em Gaza. A ação militar de Israel destruiu boa parte das infraestruturas do enclave e forçou o deslocamento de mais de um milhão de palestinos.

jps (Agência Brasil, EFE, Lusa)

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