Morte de perito: ferro velho alvo de discussão é demolido

Crime teria acontecido depois de cobranças do perito sobre materiais furtados, que teriam sido destinados ao ferro velho

Beatriz Duncan

O dono do ferro velho e os outros três militares envolvidos já foram presos pela Polícia  Alexandre Siqueira/Band Rio
O dono do ferro velho e os outros três militares envolvidos já foram presos pela Polícia
Alexandre Siqueira/Band Rio

Uma operação da Secretaria Municipal de Ordem Pública demoliu, nesta segunda-feira (23) o ferro velho de Lourival Ferreira de Lima, um dos quatro acusados pela morte do perito papiloscopista da Polícia Civil, Renato Couto de Mendonça. Sem autorização de órgãos municipais, o ferro velho funcionava na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, e já havia sido interditado em janeiro deste ano.

"Este estabelecimento voltou a abrir de forma irregular, nós voltamos aqui e hoje já foi feita a limpeza interna aqui e a gente faz uma operação para demolir estruturas irregulares no interior. Só em 2022 foram três toneladas de cobre retirados pela prefeitura em ferros velhos clandestinos, funcionando de forma ilegal”, explica o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnavale. 

No local, foram recolhidos restos de espuma, lixo, vaso sanitários e contêineres, que precisaram ser desmontados.

Renato Couto de Mendonça foi sequestrado por Lourival e outros três militares, depois de cobranças, por parte do perito, sobre materiais de obras que teriam sido furtados pelo grupo. Imagens registradas por testemunhas mostram o momento das agressões contra o perito e do sequestro dele.

Renato foi baleado e teve o corpo jogado dentro do Rio Guandu, mas segundo laudo entregue pelo Instituto Médico Legal (IML) o perito morreu por conta de água no pulmão, o que indica que ele estaria vivo quando foi arremessado.

O dono do ferro velho e os outros três militares envolvidos já foram presos pela Polícia Civil.