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Rua em Nova Iguaçu cede e ameaça desabar às margens do Rio Botas

Desastre é consequência direta das fortes chuvas de janeiro no município da Baixada Fluminense

Guilherme Nery*

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As fortes chuvas do mês de janeiro ainda deixam marcas que permanecem visíveis até hoje na Baixada Fluminense. O Rio Botas, que corta vários municípios do Grande Rio, é conhecido pelo acúmulo de lixo sobre suas águas. Sempre que chove, ele transborda e alaga trechos urbanos inteiros, engolindo carros, motos e deixando pessoas ilhadas.

Devido a esse cenário, a Rua Maranhão, em Nova Iguaçu, está desabando pouco a pouco sobre a margem do rio. De acordo com moradores, a viga de contenção da pista caiu e deixou a rua completamente desprotegida. Apenas o asfalto demonstra alguma resistência.

“A gente foi perdendo força nessas encostas e foi caindo o asfalto, foi caindo calçada, contenção nossa que tinha ali também caiu”, conta o morador Wallace Ramos.

Somente no mês de janeiro, durante as fortes chuvas de verão (intensificadas pelo fenômeno El Niño), municípios como Nova Iguaçu e Belford Roxo, que são cortados pelo rio, sofreram grandes danos de infraestrutura. Também houve registro de chuva forte em outras ocasiões este ano, em fevereiro, março e abril, tornando o problema ainda pior.

O Rio Botas possui uma extensão de 25km, nascendo na Serra de Madureira, em Nova Iguaçu, e desaguando no Rio Iguaçu, em Belford Roxo.

Procurada, a Prefeitura de Nova Iguaçu disse que já investiu mais de R$ 40 milhões em obras de canalização do rio. Ele teve sua largura duplicada de 7m para 14m e sua profundidade aumentada de 1,5m para 3m. Para que essa obra fosse realizada, a prefeitura disse que retirou cerca de 320 famílias que moravam às margens do rio e entregou novas moradias.

“Muitas pessoas aqui tem casa própria e estão indo embora. Por quê? A gente não acha solução e ninguém vem aqui botar a cara para falar nada, né”?, questiona a moradora Jaqueline Mattos.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.

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