Uma operação das Delegacias de Roubos e Furtos e de Repressão a Entorpecentes, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, cumpriu, nesta terça-feira (30), mandados de busca e apreensão, no Complexo da Maré, contra Lucas Wendel Meireles do Nascimento e Alisson Lucas dos Santos. Eles também eram alvo de mandados de prisão, mas não foram localizados.
Os dois são suspeitos de participar de um crime em fevereiro, quando um grupo armado invadiu o galpão de uma empresa, em Duque de Caxias, e roubou 246 computadores e 264 monitores que seriam entregues a escolas municipais do Rio. A carga foi avaliada em R$ 1 milhão.
Policiais encontraram muitas dificuldades para entrar nas comunidades do Parque União e da Kelson's. Barricadas e muitos tiros atrasaram o avanço das equipes. O tiroteio causou a suspenção das aulas em duas escolas estaduais e de um colégio municipal da região, afetando 900 crianças.
As clínicas da família de Inês Batista dos Santos e Jeremias Moraes da Silva também foram afetadas e suspenderam as visitas domiciliares.
Lucas e Alisson são considerados foragidos pela polícia. Ambos já possuem anotações criminais por crimes de roubo.
As investigações revelaram que ao menos dez criminosos participaram da ação e que a quadrilha é especializada em crimes dessa natureza.
O grupo de homens, armados com pistolas e fuzis, e alguns encapuzados para não revelarem suas identidades, manteve funcionários sob constante ameaça enquanto roubava a carga e alguns pertences das vítimas. Câmeras de segurança registraram toda a atividade dos bandidos.
O delegado Moyses Santana declarou que os trabalhos de investigação ainda estão longe de terminar.
“Agora a gente vai investigar também quem poderiam ser os receptadores desses computadores, já que como a carga material é muito específica, certamente já havia comprador certo para receptá-los”.
O material roubado foi recuperado dois dias depois do crime.
*Sob supervisão de Christiano Pinho
