Band Rio de Janeiro

Testemunha de queda de aeronave afirma que helicóptero estava "bem baixinho"

Helicóptero caiu na Lagoa Rodrigo de Freitas, no início da tarde deste sábado (22)

Beatriz Duncan

A reportagem da Band Rio tenta contato com a operadora responsável pelo helicóptero. Leonardo Teixeira/Band Rio
A reportagem da Band Rio tenta contato com a operadora responsável pelo helicóptero.
Leonardo Teixeira/Band Rio

Uma testemunha, que estava em um clube na Lagoa Rodrigo de Freitas, na tarde deste sábado (22), conta que estava na piscina quando viu a aeronave circular de forma anormal. A corretora de imóveis Magda Capiberibe relata que imaginou que o helicóptero estaria fazendo um voo baixo por ter decolado do heliponto da Lagoa. Mas, na verdade, a aeronave partiu do Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, para um passeio turístico em volta do Cristo Redentor.

Eu tava na piscina com meu marido, né. Aí, de repente, a gente viu um helicóptero bem baixinho e ele tava meio de lado. Só que depois que ele passou assim, na direção da Lagoa, da piscina eu não tive visualização. Não deu cinco minutos e eu vi aquela turma do clube toda lá para a beira da Lagoa e o pessoal falou "o helicóptero caiu, o helicóptero caiu", conta.


A aeronave caiu por volta de 14h28 depois de colidir com um pássaro. Pessoas em motos aquáticas, que davam apoio a uma regata que acontecia na Lagoa, ajudaram no resgate.

Cinco vítimas foram resgatadas, dentre elas, quatro pessoas de uma mesma família: uma mãe, um pai, um filho e uma nora. São eles: Matheus Memesso, Marcos Momesso, Andreia Momesso e Mirela Pesolato. O piloto também foi resgatado.

Para a subprefeitura da Zona Sul do Rio, a mãe afirmou que sentiu dificuldade para tirar o cinto de segurança depois da queda. Ela conta ainda que a água chegou a entrar no helicóptero. A família teria declarado ainda que não foram informados sobre a possibilidade de queda da aeronave, por parte do piloto.

Um mecânico de aeronaves, que estava passando pelo local no momento da queda relatou que o piloto pode ter perdido o rotor de cauda.

Quando eu vi, o helicóptero ele estava pairando em cima da Lagoa, e ele começou a girar entorno do eixo do rotor principal dele. Provavelmente ele perdeu o controle do rotor de cauda, ele começou a girar e acabou caindo na água, contou Rafael Jankus.


O piloto, que tem 13 anos de experiência, foi levado para a 15º DP, na Gávea, e prestou depoimento na delegacia. O helicóptero prefixo PSUPS, está com a manutenção em dia e operava dentro da capacidade de passageiros.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foram acionados para o acidente e vão coletar e confirmar dados para inciar o processo sobre a investigação da queda da aeronave. O objetivo das investigações do CENIPA são prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.

A reportagem da Band Rio tenta contato com a operadora responsável pelo helicóptero.