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Terceira morte por febre maculosa é confirmada e partiu de fazenda em Campinas

A terceira vítima faltal é de Hortolândia

Por Rafaela Oliveira

Fazenda só poderá promover novos eventos quando apresentar um plano de contingência
Fazenda só poderá promover novos eventos quando apresentar um plano de contingência
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O Instituto Adolfo Lutz confirmou a morte por febre maculosa de uma mulher de 28 anos, moradora de Hortolândia (SP), nesta terça-feira (13). Ela é a terceira vítima fatal da doença e esteve em um evento numa fazenda em Joaquim Egídio, assim como o casal formado pelo piloto e a dentista, que também morreu por febre maculosa. Uma jovem de 16 anos, que também esteve no evento, está internada com suspeita da doença

A Fazenda Santa Margarida, onde as três vítimas estavam antes de morrer, foi notificada pela Prefeitura de Campinas (SP) sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. E, segundo a nota, a “fazenda só poderá promover novos eventos quando apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação”

Todas as quatro vítimas frequentaram um evento ‘Feijoada do Rosa’, na Fazenda Santa Margarida, no dia 27 de maio. Três morreram no dia 8 de junho, sete dias após o evento. Uma adolescente de 16 permanece internada com suspeita da doença. 

A metrópole já havia registrados duas mortes pela doença em maio deste ano. As vítimas são um homem e uma mulher, de 47 e 62 anos. A possível área de infecção do homem é a região do rio Atibaia, no Distrito de Sousas.

No total, há cinco mortes por febre maculosa confirmadas neste ano em Campinas. E a situação já se enquadra como surto da doença.

O que é febre maculosa? 

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. 

Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença. Na região metropolitana da capital, há pouquíssimos registros dada a urbanização da área. No interior do estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda. Os municípios de Campinas e Piracicaba são, hoje, os dois que apresentam o maior número de casos registrados da doença. O tratamento é realizado com antibiótico específico. 

Situação da doença no estado

Em 2023, foram registrados 12 casos de febre maculosa com 6 óbitos, incluindo os três confirmados desde segunda-feira (12) em todo o Estado. Em 2022, foram registrados 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 76 casos e 42 óbitos.  

Orientação 

A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. 

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