Ministério Público se opõe à progressão de Gil Rugai ao regime aberto

Ministério Público solicitou a realização de um exame criminológico mais aprofundado do ex-seminarista

Redação Band Vale

Ministério Público se opõe à progressão de Gil Rugai ao regime aberto
Ex-seminarista Gil Rugai pediu progressão para regime aberto à Justiça
Brazil Photo Press/Folhapress

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) expressou sua oposição ao pedido de progressão de regime apresentado por Gil Grego Rugai, condenado por um crime de extrema gravidade. 

O MPSP considera que é prematuro que Rugai deixe a prisão e que sua reintegração ao convívio social deve ser cuidadosamente avaliada devido à natureza do crime pelo qual foi condenado.

O pedido de progressão de regime, que visa permitir que Rugai transite do regime fechado para o regime aberto, foi apresentado pelo detento, mas o MPSP levantou preocupações significativas em relação à sua liberação prematura. 

Segundo o MPSP, a análise criminológica convencional, em alguns casos, pode não ser suficiente para determinar se um sentenciado reúne as condições psicológicas e comportamentais necessárias para a reintegração social.

Diante disso, o Ministério Público solicitou a realização de um exame criminológico mais aprofundado para avaliar de maneira abrangente o perfil de Gil Rugai e suas perspectivas de reabilitação. Esse exame será conduzido por profissionais especializados na área, com o objetivo de fornecer uma análise detalhada das condições do detento.

Pedido de progressão para o regime aberto

A Justiça analisa o pedido de progressão para o regime aberto do ex-seminarista Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta em 2004. Ele cumpre pena na Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado”, a PII de Tremembé. 

A defesa encaminhou, em julho, uma petição em que afirma que há um erro no cálculo da pena. Segundo a advogada Thaís Merino Barros, ele já deveria ter deixado o semi-aberto em 2020. A juíza Sueli Zeraik Armani concordou com o pedido e indicou que o cálculo de fato está errado, mas pediu uma manifestação do Ministério Público.

Caso Gil Rugai

Gil Rugai ficou conhecido no Brasil devido ao seu envolvimento em um caso de assassinato. Em 2004, ele foi acusado de assassinar seu pai, Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra Troitino, na cidade de São Paulo. Ele foi posteriormente condenado por esses assassinatos e recebeu uma sentença de prisão.

O crime ocorreu no bairro de Perdizes, em São Paulo, em 28 de março de 2004. A frieza de Gil Rugai ao receber a notícia da morte o tornou principal suspeito pelo assassinato. 

Caso Gil Rugai – Wikipédia, a enciclopédia livre
Luiz Rugai e Alessandra Troitino (Divulgação)

O caso de Gil Rugai recebeu ampla cobertura da mídia brasileira na época e gerou grande interesse público devido à natureza chocante dos crimes e ao julgamento subsequente. Rugai alegou sua inocência durante todo o processo legal, mas foi considerado culpado pelo tribunal.

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