MWL demite funcionários por telegrama após um mês de greve em Caçapava

Nas correspondências, a empresa alega abandono de emprego

Redação Band Vale

Telegrama enviado aos trabalhadores Divulgação/ Sindicato dos Metalúrgicos
Telegrama enviado aos trabalhadores
Divulgação/ Sindicato dos Metalúrgicos

A MWL iniciou nesta segunda-feira (06), a demissão dos funcionários por meio de telegrama após um mês de greve na planta de Caçapava.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, a MWL enviou telegramas demitindo os operários. Nas correspondências, a empresa alega abandono de emprego, visto que os trabalhadores não compareceram aos postos de trabalho. 

O sindicato ainda afirma que essa é “mais uma atitude arbitrária e ilegal da empresa, tendo em vista o direito de greve previsto em lei e as inúmeras tentativas de negociação feitas pelo Sindicato”.

O Jornalismo da Band entrou em contato com a MWL e aguarda um posicionamento. 

Histórico da greve

A greve dos trabalhadores da fábrica completou um mês. A empresa deveria ter depositado os salários de maio nesta segunda, mas os metalúrgicos afirmaram que a promessa não foi cumprida. 

Os metalúrgicos exigem que a empresa realize o pagamento integral dos salários. Embora a empresa tenha pago os salários que estavam atrasados desde o dia 5 de maio, os dias de paralisação foram descontados

Paralisação na fábrica

Os trabalhadores da empresa MWL realizaram protestos na planta de Caçapava na manhã da última sexta-feira (03). Cerca de 120 trabalhadores permaneceram durante duas horas na unidade contra as ações tomadas pela empresa.

Recuperação judicial

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a MWL está com seu faturamento bloqueado em razão de uma dívida milionária com aluguéis. No dia 10 de maio, a 1ª Vara Cível de Caçapava homologou o plano de recuperação judicial da empresa. Com isso, as dívidas anteriores a 2020 têm de ser pagas conforme previsto no plano apresentado à Justiça. 

No dia 26 de maio, advogados da empresa e o Sindicato participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não houve acordo. O caso segue para julgamento.

A MWL produz rodas e eixos para trens e tem cerca de 240 trabalhadores.

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