Band Vale

Pesquisa aponta o aumento do consumo de internet entre as crianças

Contato exagerado pode provocar ansiedade, depressão e até mesmo dependência

Redação Band Vale

93% do público entre 9 e 17 anos estão conectados nos meios digitais
93% do público entre 9 e 17 anos estão conectados nos meios digitais
Imagem/ Pxfuel

Uma pesquisa apontou que nove em cada dez crianças utilizam internet no Brasil. Ao todo, são aproximadamente 22,3 milhões de pessoas conectadas, nessa faixa etária. 

Os dados são da pesquisa “TIC KIDS ONLINE BRASIL” e mostram que 93% do público entre 9 e 17 anos estão conectados nos meios digitais. O estudo também mostra que esse acesso ainda é desigual no país e pode trazer riscos à saúde.

O celular é o dispositivo mais utilizado, mas a televisão tem ganhado força neste meio, com representatividade de 58%. Outros instrumentos como computador e videogame também estão na lista.

De acordo com o estudo, a desigualdade social afeta diretamente o acesso à informação. As classes A e B são que mais têm contato com a internet em diferentes dispositivos. Enquanto isso, as classes D e E se limitam, na maioria das vezes, ao celular.

O alto consumo das mídias tem gerado preocupação, principalmente nas famílias. Muitas vezes, o contato exagerado pode provocar ansiedade, depressão e até mesmo dependência.

De acordo com a psicóloga Cláudia Oliveira, a internet pode ser boa e ruim ao mesmo tempo. A profissional alerta que é grave quando as relações sociais são interferidas pelo meio digital.

“Quando a criança ou o adolescente começa a se isolar da vida não virtual, quando ele evita relações interpessoais ou presenciais, quando passa a ter dificuldade da comunicação e contato, isso vai causando transtornos do humor”, afirma Cláudia.

Não é só a saúde mental que fica comprometida, mas a física também. O médico ortopedista Fernando Teixeira confirma que os prejuízos são, em sua maioria, para a coluna, já que os jovens passam bastante tempo com a cabeça abaixada.

“Quando a gente fica mais tempo sentado, em uma atividade mais ociosa, menos movimento e fortalecimento muscular, isso é prejudicial ao longo prazo. Então a gente pensa ai em relação postural, muito tempo sentado, a quantidade de exercício atribuída, até com as mãos mesmo, que é só o celular. No celular você acaba ficando com a cervical um pouco mais baixa.”