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AGU nega interferência de Bolsonaro em investigação do MEC e quer afastar Moraes

Alexandre de Moraes acionou a Advocacia-Geral da União em uma ação aberta pelo senador Randolfe Rodrigues

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Moraes pediu pronunciamento da Procuradoria-Geral da República e da AGU.
Moraes pediu pronunciamento da Procuradoria-Geral da República e da AGU.
Foto: Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União negou ao Supremo Tribunal Federal que o presidente Jair Bolsonaro tenha interferido na investigação da Polícia Federal sobre a corrupção no Ministério da Educação. Em despacho enviado nesta terça-feira (5), a AGU defende ainda que o processo não deve ficar com o ministro Alexandre de Moraes, mas com Cármen Lúcia.

O pedido de investigação do presidente foi pedido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no inquérito que apura a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal e denunciado pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Moraes pediu pronunciamento da Procuradoria-Geral da República e da AGU antes de decidir pelo prosseguimento ou não do processo. Cabe ao magistrado decidir a partir de agora.

A ministra Cármen Lúcia é a relatora da investigação que apura possível corrupção no Ministério da Educação. A ação foi aberta após o ex-ministro Milton Ribeiro ser flagrado em uma gravação falando que priorizava prefeitos indicados por pastores para o repasse de verbas. Na fala, o ex-ocupante do MEC disse que seguia uma orientação do presidente da República.

A magistrada já enviou à PGR e à AGU pedidos de pronunciamentos sobre investigar ou não Bolsonaro sobre suposta interferência do presidente na operação Acesso Pago. Em uma ligação captada, o ex-ministro afirmava que o presidente estava com “pressentimentos” sobre uma operação contra ele. Os investigadores alegam que Palácio do Planalto sabia da investigação e avisou ao investigado.

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