BandNews FM

"Mesmo em guerra, me sinto mais seguro que no Brasil", diz brasileiro em Israel

Rafael Guanabara, nascido no Rio de Janeiro e cidadão israelense há seis anos, descarta volta a seu país natal mesmo após bombardeios realizados pelo Irã

BandNews FM

Em entrevista exclusiva ao programa Entre Nós, da BandNews FM, nesta segunda-feira (15), o carioca Rafael Guanabara - cidadão de Israel há seis anos - descartou uma possível volta ao Brasil mesmo com os recentes bombardeios realizados pelo Irã e às tensões vividas entre o governo israelense e o Hammas.

Por vídeo, o brasileiro no Oriente Médio explicou que se sente plenamente seguro em Israel e rechaçou utilizar o programa oferecido pela Força Aérea Brasileira para resgatar brasileiros que queiram retornar ao Brasil.

"Não penso em sair de Israel. Além de brasileiro eu sou cidadão israelense, vivo aqui tem bastante tempo e trabalho diretamente para o sistema de defesa israelense. Não cogito essa possibilidade, principalmente para voltar ao Brasil. Mesmo com o país em guerra, ainda me sinto mais seguro aqui do que no Brasil", afirmou.

Rafael completou e pontuou que cidadãos israelenses conseguem saber, através de seus celulares, de onde o possível ataque virá, quando o míssil chegará e possíveis lugares para abrigo seguro. "Você recebe que o míssil foi interceptado e que os destroços caíram, é vida normal. Depois que acaba a interceptação, é vida normal", informou.

Em caso de falta de energia durante um possível ataque a Israel, o brasileiro afirmou que a população local já se acostumou com a rotina de ameaças e aprendeu a seguir as recomendações da Frente de Comando Interno sobre os possíveis ataques. 

"Essa corrida que teve para estocar [alimentos e insumos], as forças de defesa já vieram a público dizer que não foi uma recomendação do governo. Foi a própria população que se antecipou. Houve uma recomendação padrão para estoque de pilhas, rádios à pilha para caso falte sinal de internet", completou.

Rafael, por fim, explicou que os edifícios em Israel são obrigados, por lei, desde 1992, a fornecer um bunker - local de abrigo em caso de ataque - dentro de cada apartamento.

Tópicos relacionados