O acidente com um carro alegórico que resultou na morte de uma menina de 11 anos não é o primeiro a ser registrado no Carnaval do Rio. Raquel Antunes foi imprensada por um carro abre-alas da escola Em Cima da Hora contra um poste na dispersão da Sapucaí durante os primeiro dia de desfiles da Série Ouro. A garota, que chegou a ter uma perna amputada, morreu nesta sexta-feira (22).
Em 2017, um dos carros alegóricos da Paraíso do Tuiuti perdeu o controle e prensou 20 pessoas contra uma grade do setor 1 que separa a pista da arquibancada do Sambódromo. O caso ocorreu no momento em que o veículo realizava uma curva. A radialista Elizabeth Ferreira Jofre, de 55 anos, morreu dois meses depois do episódio.
Segundo o comentarista de Carnaval da BandNews FM, Bruno Filippo, esse é considerado o pior acidente da história da avenida.
No último Carnaval antes da pandemia, em 2020, uma alegoria da Acadêmicos da Santa Cruz atingiu parte de uma estrutura enquanto tentava entrar no Sambódromo, mas ninguém ficou ferido. No ano anterior um homem que atuava como empurrador foi prensado entre duas partes de um carro da Portela, na dispersão.
Em 2003, a atriz Neuza Borges caiu de um carro alegórico da Unidos da Tijuca. A artista acabou tendo que passar por cirurgia na bacia. Após ação na Justiça, a agremiação foi condenada a pagar uma indenização de R$ 700 mil a ela.
O historiador Rodrigo Rainha faz em um paralelo dos acidentes com a evolução dos carros utilizados nos desfiles.
Há 30 anos, o Sambódromo registrava aquele que é considerado o maior incêndio da Sapucaí, quando um carro alegórico da Viradouro pegou fogo pouco antes do final do desfile. Destaque na alegoria, a atriz Leila Amorim se jogou e foi amparada por membros da agremiação.