Após a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que anulou a sentença que condena a ex-secretária da Associação de Bancos no Estado do Rio por envolvimento com a cúpula do jogo do bicho na cidade, outros réus denunciados na Operação Furacão também podem pedir a extensão dos efeitos da medida.
Na decisão, o ministro João Otávio de Noronha afirmou que dos 36 documentos não anexados aos autos, 20 eram referentes às interceptações telefônicas, os quais foram cerceados do direito da defesa. Com isso, o processo da ré Ana Cláudia Rodrigues do Espírito Santo volta a ser julgada na primeira instância.
A Operação Furacão, deflagrada em 2007, prendeu 25 pessoas. Somadas, as penas ultrapassam os 435 anos. Entretanto, a demora no judiciário marca a operação: a primeira sentença só saiu em 2012, enquanto primeira audiência aconteceu em 2019, doze anos depois do início da operação.