Áudios apontam pagamento de propina entre Marquinho Catiri e policiais

Em uma das gravações o miliciano afirma que não tinha apenas um ou dois agentes em suas mãos, mas toda a Polícia

Por Priscila Xavier

Miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, conhecido como Marquinho Catiri Reprodução/Polícia Civil
Miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, conhecido como Marquinho Catiri
Reprodução/Polícia Civil

Mensagens de áudio obtidas pelo Ministério Público do Rio apontam o envolvimento de pelo menos dez delegacias especializadas em esquemas de jogos de azar, com o miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri.

Em uma das escutas, de quase 30 minutos, Catiri chegou a afirmar que não tinha apenas um ou dois agentes em suas mãos, mas toda a Polícia.

As investigações apontam que Marquinho Catiri esteve à frente do negócio criminoso após a prisão do contraventor Bernardo Bello, na Colômbia, acusado pela morte do bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid. A aliança entre os criminosos já era alvo dos investigadores.

Em outra mensagem, o miliciano conta como os negócios funcionavam na ausência do contraventor.

Marquinho Catiri também se vangloriava dizendo que sabia falar de igual para igual com as autoridades judiciais. 

Em nota, a Polícia Militar afirmou que não compactua com desvios de conduta e cometimento de crimes praticados por seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos.

A Polícia Civil disse que a Corregedoria-Geral instaurou um procedimento e solicitará ao Ministério Público o compartilhamento das investigações.

Já o Tribunal de Justiça do Rio afirmou que não pode se pronunciar sobre processo em andamento.

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