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Caso Henry: há um ano, o menino morreu depois de ser brutalmente agredido

Crime aconteceu na noite do dia 8 de março do ano passado, na casa da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador cassado, Jairinho

Carlos Briggs

Jairinho e Monique Medeiros aguardam o julgamento presos desde abril do ano passado
Jairinho e Monique Medeiros aguardam o julgamento presos desde abril do ano passado
Reprodução

Assim, o pequeno Henry Borel, de 4 anos, acordava a avó paterna, D. Noeme:

Há um ano, a criança morreu depois de ser brutalmente agredida, na casa da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, o vereador cassado, Jairinho.  

A conclusão é da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio. O laudo cadavérico apontou que a criança sofreu hemorragia interna e laceração no fígado, provocada por ação contundente, algo que provoca extrema dor e violência contra a vítima.  

Havia ainda marcas nos braços, pernas, além de perfurações no rins e pulmões.  Os peritos afirmam que a criança morreu em até quatro horas após a sessão de tortura à qual foi submetida. Dados da Unicef mostram que a cada 1 hora e meia, uma criança é assassinada de forma violenta no Brasil.

Mas, a defesa de Jairinho contesta todo o trabalho pericial e quer a opinião de peritos contratados por Jairinho. O advogado Cláudio Dalledone questiona se a criança foi, de fato, assassinada.

O que a defesa está buscando provocar é o que se chama no Direito de materialidade. A intenção é dizer que não houve crime. A tentativa é rechaçada pelo Ministério Público. O promotor Marcos Kac, responsável pelo pedido de indiciamento de Jairinho e Monique Medeiros, é categórico: a materialidade está comprovada diante do assassinato da criança.

A audiência marcada para o próximo 16 não vai acontecer. A defesa conseguiu adiar a sessão, já que entrou com um habeas corpus para, mais uma vez, tentar soltar Jairinho.  

Os advogados do réu têm buscado retardar o processo, entre pedidos de liberdade, troca de advogados e mudança de versões.  

O crime aconteceu na noite do dia 8 de março, do ano passado, na Zona Oeste do Rio. A mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, Jairo Souza, deram a versão de que a criança caiu da cama, enquanto dormia. A justificativa já foi descartada pela Polícia Civil.

O pai de Henry acompanha o processo. Apesar da dor em comparecer em cada audiência, Leniel Borel diz confiar na condenação de Jairinho e Monique Medeiros.

O Flamengo perdeu um dos seus 40 milhões de apaixonados. Além do amor pelo Rubro-Negro, Henry adorava jogar Mário Bross. No aniversário de 5 anos, que aconteceria no dia 3 de maio, um pedido ao pai: levar o youtuber Lucas Neto.

Os sonhos viraram lembranças para Leniel, que agora vive para honrar a memória do filho, diante de uma única bandeira: proteger as nossas crianças.

Jairinho e Monique Medeiros aguardam o julgamento presos desde abril do ano passado.

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