Cláudio Castro afirma que quer erradicar a fome no estado até 2026

O governador assinou nesta quinta-feira a formalização da adesão do estado ao Plano Brasil sem Fome

Por Gabriela Morgado

Cláudio Castro afirma que quer erradicar a fome no estado até 2026
Cláudio Castro
Agencia Brasil

O governador do Rio afirma que quer erradicar a fome no estado até 2026. Cláudio Castro assinou, nesta quinta-feira (25), a formalização da adesão do estado ao Plano Brasil sem Fome. Segundo o IBGE, em 2023, quase 24% dos domicílios do Rio eram formados por pessoas com algum nível de insegurança alimentar, quando há dificuldade de acesso regular a alimentos de qualidade. Só na capital fluminense, cerca de dois milhões de pessoas enfrentam o problema, de acordo com um estudo da Câmara Municipal, em parceria com a UFRJ.

Cláudio Castro citou programas existentes no estado que focam na diminuição da insegurança alimentar, como os Cafés do Trabalhador, além da reabertura de 12 Restaurantes Populares. Ele ressaltou que pretende que o Rio tenha entre 35 e 40 restaurantes até o fim de 2026.

Ainda de acordo com Castro, o programa Hotel Acolhedor já recebeu mais de 200 mil pessoas que estariam em situação de rua.

O governador disse ainda que a meta de erradicar a fome nos próximos dois anos é ousada, mas que trabalha para isso.

A minha meta, até 2026, é erradicar completamente a fome no Rio de Janeiro. Sei que é muito ousado, sei que eu estou sendo ousado, mas eu fico feliz que a gente está a cada dia construindo, trabalhando um pouquinho para poder ajudar.

O Plano Brasil sem Fome foi criado no final do ano passado, com o objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030.

A cerimônia de adesão do Rio contou com a participação do ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Segundo ele, os Governos do estado e Federal vão continuar atuando com programas existentes para a dimiuição da insegurança alimentar e reforçar a busca ativa por pessoas que não tenham o Cadastro Único. No entanto, ele ressalta que, agora, as políticas passam a ser de Estado, e não de um Governo específico, e que o Rio vai ter que ter um planejamento maior e cumprir metas.

Nós temos aqui, agora, uma obrigação, nós vamos ter um planejamento sabendo quantas pessoas nós temos que alcançar, por exemplo, para o Cadastro Único. Então nós vamos trabalhar para poder chegar a estas pessoas e garantir o direito. Então nós teremos aqui Governo Federal, Governo Municipal, Governo Estadual, setor privado, ou seja, cada um sabendo qual é a sua responsabilidade, metas a alcançar. E isso eu posso assegurar que vai ajudar a tirar o Rio de Janeiro e o Brasil do mapa da fome.

O ministro Wellington Dias ainda ressaltou que os programas de combate à fome devem estar aliados a projetos de redução da pobreza, com a transferência de renda, e de estimulação do trabalho.

Ainda durante o evento nesta quinta-feira (25), Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou uma agenda de enfrentamento à fome e à pobreza com foco em mulheres negras, com investimento total de mais R$ 330 milhões.

Na quarta-feira (24), o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participaram da reunião da força-tarefa do G20 de pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil e que já começou a receber adesões. A formalização vai acontecer em novembro, durante a Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro. O objetivo é conseguir recursos e conhecimento para o combate à fome, através da união dos países.

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