O diretor de Pesquisas do IBGE afirma que o menor número de recenseadores para o Censo 2022 não deve ser um problema. A coleta de dados teve início nesta segunda-feira (1°), com 183 mil profissionais. A meta do Instituto era ter cerca de 200 mil. Foram disponibilizadas mais 15 mil vagas, com inscrições abertas até quarta-feira (3).
Segundo Cimar Azeredo, a coleta, prevista para terminar em novembro, não deve ser estendida por causa da defasagem. Ele afirma que as pesquisas costumam ter início com um número menor de recenseadores e que a tecnologia tornou o processo mais rápido.
O Censo vai poder ser feito presencialmente, pela Internet ou por telefone. Mas em todos os casos, os recenseadores devem ir até os domicílios para o cadastramento.
Todos os profissionais devem usar boné, colete, um crachá e estar com o dispositivo para a coleta. A identificação do profissional pode ser confirmada pelo telefone ou pelo QR Code no crachá, que leva ao site do IBGE.
As visitas tiveram início no município de Limeira, em São Paulo. No Rio, a pesquisa começou em Santo Antônio de Pádua. A expectativa é que o estado seja o primeiro a completar a pesquisa. São 16.115 recenseadores atuando no território fluminense.
Alguns deles afirmam que fizeram o treinamento, mas não receberam o pagamento previsto para o treinamento, de R$ 200,00, como conta um funcionário, que preferiu não ser identificado.
De acordo com o diretor de Pesquisas do IBGE, o problema aconteceu, pois, o cadastramento dos profissionais teria sido feito fora do prazo. Ele afirma que o pagamento vai ser realizado e que as equipes estão sendo orientadas quanto às datas.
Quem não receber a visita pode entrar em contato com o IBGE para pedir para realizar a entrevista. A estimativa do IBGE é que sejam visitados cerca de 75 milhões de domicílios e que o Brasil tenha 215 milhões de habitantes.
Pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas vão ser contabilizados. Os recenseadores vão pesquisar, entre outros aspectos, a idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda e saneamento básico dos domicílios. Há dois tipos de questionários. O básico leva em torno de cinco minutos para ser respondido e o ampliado, 16 minutos.
Segundo o IBGE, os primeiros resultados devem ser divulgados no fim do ano. Outras análises vão ser publicadas em 2023 e 2024.
O levantamento deveria ter sido realizado em 2020, dez anos após a pesquisa anterior, mas foi adiado por causa da pandemia e por falta de verba. O custo estimado é de R$ 2 bilhões e 300 milhões.