Comissão de Valores Mobiliários investiga notícias sobre a Petrobras

Processo administrativo foi aberto pela Gerência de Acompanhamento de Empresas, que analisa comunicados, notícias ou fatos relevantes divulgados por companhias com ações negociadas na Bolsa de Valores

Gustavo Sleman

Comissão de Valores Mobiliários investiga notícias sobre a Petrobras Divulgação/ Petrobras
Comissão de Valores Mobiliários investiga notícias sobre a Petrobras
Divulgação/ Petrobras

A Comissão de Valores Mobiliários investiga a divulgação de notícias sobre a Petrobras. O órgão é responsável pela fiscalização do mercado financeiro.

O processo administrativo foi aberto pela Gerência de Acompanhamento de Empresas, que analisa comunicados, notícias ou fatos relevantes divulgados por companhias com ações negociadas na Bolsa de Valores.

A ação ocorre após a Petrobras ter anunciado nesta segunda-feira (20) que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência e do Conselho de Administração da estatal. O anúncio causou a suspensão temporária das ações das negociações da companhia na B3.

Com isso, o diretor executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, assume interinamente a presidência da companhia até que um novo nome seja escolhido para comando da empresa.

Um dos indicados pelo Governo Federal para o novo comando é Caio Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia. A assembleia que vai definir o novo presidente e os integrantes do Conselho de Administração da companhia deve acontecer no próximo mês.

A saída de José Mauro é anunciada no primeiro dia útil após o novo reajuste no preço dos combustíveis anunciado pela empresa. O presidente da estatal vinha sofrendo diversas pressões por parte do Congresso Nacional e do Governo Federal. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que iria propor uma CPI para investigar a Petrobras.

Segundo o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone, uma interferência direta nos preços dos combustíveis não seria a ação ideal.

A estatal passa pelo quarto presidente desde o início do governo Bolsonaro em 2019. A alta nos preços dos combustíveis está entre os principais motivos para as trocas de comandos.

O primeiro a assumir a presidência, em 2019, foi o economista Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro do ano passado por Bolsonaro. Desde então, a presidência passou a ser ocupada pelo general Joaquim Silva e Luna, que permaneceu no cargo até março deste ano. Na época, o economista Adriano Pires chegou a ser indicado pelo governo ao cargo, mas, diante da instabilidade na empresa, ele não quis assumir.

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