Após ter o nome aprovado para ocupar a presidência da Petrobras, Caio Paes de Andrade ainda terá que passar pela Assembleia de Acionistas para ser confirmado no Conselho de Administração da empresa.
A decisão foi tomada por 7 votos a 3 durante reunião nesta segunda-feira (27). Segundo a companhia, o mandato do então secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia é válido até abril de 2023.
Ainda de acordo com a empresa, Caio se torna presidente assim que assinar a posse, o que ainda não tem data para ocorrer. Além disso, a indicação dele como conselheiro também foi aprovada, por 8 votos a 2, mas ainda precisa passar por análise dos acionistas.
Durante agenda em Brasília, o presidente da República Jair Bolsonaro afirmou que a nomeação pode dar início a uma nova dinâmica em relação aos preços dos combustíveis, mas sem interferência da União.
Formado em Comunicação Social e com pós-graduação e mestrado em Administração, Caio Paes de Andrade foi indicado para o cargo pelo Governo Federal e assume o posto deixado por José Mauro Coelho, que renunciou.
A escolha é questionada. A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras e a Federação Única dos Petroleiros entraram com representação na Comissão de Valores Mobiliários contra a nomeação.
As entidades também afirmaram que vão entrar com ações judiciais contra a decisão do Conselho de Administração.
Segundo o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, entre os questionamentos está uma não convocação de assembleia geral extraordinária para tratar do assunto. Além disso, as associações também argumentam que Caio não possui currículo e experiência profissional para gerir a empresa.
Durante a manhã desta segunda-feira (27), a FUP e a Anapetro realizaram um ato na porta do Edifício Senado, atual sede da Petrobras no Centro do Rio, contra a indicação de Andrade.
