O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirma que o crime organizado no Rio de Janeiro se mistura com política e polícia. A declaração foi dada nesta segunda-feira (27), após a TV Globo ter acesso ao vídeo da colaboração premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Na colaboração, Lessa afirmou que os mandantes do crime chegaram a cogitar a possibilidade da vítima do crime ser Marcelo Freixo.
Em conversa com a reportagem da BandNews FM, Freixo ressaltou que recebe ameaças do crime organizado desde a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, colegiado que presidiu em 2008. Segundo o político, ele se surpreendeu pelo fato de Lessa ter sido investigado somente após o caso Marielle.
Para Freixo, a questão da ligação entre o crime organizado, a política e a polícia é um problema crônico do Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o crime também serviria como vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo, com quem Marielle trabalhou por 10 anos.
Ainda segundo a apuração, como parte do plano, os irmãos Brazão infiltraram Laerte Silva de Lima nas fileiras do PSOL para levantamento interno de informações. Laerte então descobriu que Marielle pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia.
Um inquérito da PF acrescentou ainda que um atentado contra o então deputado estadual Marcelo Freixo "poderia gerar grande repercussão", já que ele tinha muita projeção política.
A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa dos citados.