Delegada é suspeita de repassar informações internas para maior milícia do Rio

Ana Lúcia da Costa Barros é casada com um agente penitenciário alvo de operação da Polícia Civil contra agentes públicos envolvidos com os paramilitares

Marcus Sadok

A delegada alvo da Operação da Polícia Civil contra agentes públicos acusados de envolvimento com a maior milícia do Rio teria acessado o sistema interno da corporação para repassar informações privilegiadas aos milicianos.

Ana Lúcia da Costa Barros é casada com um agente penitenciário que está entre os sete presos na ação. A policial foi alvo de busca e apreensão.

Segundo o delegado Thiago Neves, as investigações apontam que os agentes públicos repassavam informações privilegiadas aos milicianos, principalmente de operações contra grupos rivais. Há também a suspeita de que os policiais chegaram a deslocar milicianos com escolta das próprias viaturas da corporação.

Na casa de um dos policiais militares, foram apreendidos armas de fogo, facões, joias, um carro e cerca de R$ 5 mil reais em espécie. Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.

A investigação começou em abril do ano passado, na casa de Francisco Anderson da Silva Costa, o garça. Segundo a polícia, ele era responsável pela gestão dos valores da quadrilha e um dos principais homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o ecko, morto em junho do ano passado. Hoje, o grupo paramilitar é comandado pelo irmão dele, Luiz Antônio da Silva Braga, o 'zinho', ainda foragido.

Zinho seria o "homem de cima" citado em conversas dos agentes públicos alvos da operação. Os recursos milionários da quadrilha tem como origem vários crimes e ajudam a montar o que os presos chamam em conversas privadas de um "exército" que beneficie a quadrilha.

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