Em menos de 24 horas, duas pessoas foram atingidas por balas perdidas no estado do Rio.
A dona de casa Zilma Damiana dos Santos Dias, de 45 anos, foi baleada no abdômen no portão de casa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na segunda-feira (3).
Ela está internada com quadro de saúde estável no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na mesma região.
De acordo com a Polícia Militar, agentes realizaram uma ação de retirada de barricadas na região de Éden e foram atacados por criminosos. Em seguida, os policiais foram informados que havia uma moradora da região ferida.
No domingo (2), Vilson de Jesus Gonçalves foi atingido durante um arrastão em uma importante via da capital, a Avenida Brasil, na altura de Irajá, na Zona Norte. Segundo a PM, ele foi socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na mesma região, onde está internado com quadro de saúde estável.
Os casos refletem números alarmantes não só no Rio de Janeiro, mas em outras partes do país.
Segundo um levantamento do Instituto Fogo Cruzado, na Bahia, foram registradas, entre os dias 1º de janeiro e 31 de março deste ano, 18 vítimas de balas perdidas, que deixaram cinco pessoas mortas e 13 feridas.
No Grande Recife, houve 12 casos, com dois mortos e 10 feridos. Entre os atingidos, estavam uma criança e dois adolescentes.
Para a diretora-executiva do Fogo Cruzado, Cecília Olliveira, os casos são mais concentrados nas regiões com grandes centros, onde também estão concentradas as operações policiais mal planejadas.
De acordo o professor de sociologia jurídica da Uerj Geraldo Tadeu, a transparência na divulgação de dados ajuda não só na criação de politicas públicas como na avaliação da atuação da policia.
Ainda de acordo com a plataforma Fogo Cruzado, a Região Metropolitana do Rio teve um aumento de 81% no número de vítimas de balas perdidas durante o primeiro trimestre de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado.