De janeiro a março deste ano, a Central de Atendimentos do SAMU da capital recebeu mais de 10 mil e seiscentos trotes. O número representa uma média de 118 chamados falsos por dia.
No ano de 2023, a unidade recebeu mais de 36 mil e setecentas ligações falsas, o que corresponde a 5,5% das ligações recebidas.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a maioria é feita por crianças. Adultos que ligam costumam palavras obscenas e pessoas que fazem pedidos falsos de socorro.
A pasta diz que esses trotes são muito prejudiciais ao atendimento, já que pode gerar filas de espera e envio de ambulâncias para ocorrências que não existem.
Nos primeiros seis meses deste ano, a equipe do programa na capital fluminense atendeu mais de 110.700 chamados em geral - um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O coordenador geral do SAMU da capital, Luciano Sarmento, explica porque a prática de trotes prejudica o atendimento da corporação.
Isso é um número muito expressivo, então a gente reforça esse apelo para que as pessoas evitem de passar o trote. Isso não é uma brincadeira sadia. Você está ocupando uma ligação, você pode estar solicitando o envio de um recurso para algo que não vai acontecer, ao invés dessa ambulância estar atendendo alguém que realmente precise de um salvamento e que a gente deixa de salvar uma vida. Então é muito importante que as pessoas têm essa conscientização, que o trote você pode estar prejudicando o salvamento de uma pessoa. Então nós trabalhamos diariamente, nós estamos sempre fazendo programas junto às escolas municipais, um programa de conscientização para que não realize o trote, afirma Luciano.