Ex-funcionários da Gama Filho cobram pagamento de salários e benefícios

Grupo de trabalhadores fez um protesto em frente à entrada principal da antiga faculdade, em Piedade

Por Thuany Dossares

Parte dos trabalhadores deixaram de receber salários e benefícios em 2011 Thuany Dossares
Parte dos trabalhadores deixaram de receber salários e benefícios em 2011
Thuany Dossares

Ex-funcionários da Universidade Gama Filho cobram o pagamento de salários e benefícios que não foi feito, após a universidade fechar as portas. Na manhã desta quinta-feira (8), um grupo de trabalhadores fez um protesto em frente à entrada principal da antiga faculdade, em Piedade, na Zona Norte do Rio. 

A esperança para o recebimento dos débitos voltou depois que a Prefeitura do Rio se apropriou do terreno e demoliu os antigos prédios, para que o lugar se transforme no Parque Piedade. Segundo os ex-funcionários, essa desapropriação obriga o município a pagar pelo espaço a empresa responsável pelos bens e débitos da universidade.

Parte dos trabalhadores deixaram de receber salários e benefícios em 2011, enquanto a faculdade ainda funcionava. 

Janete Sebadelhe Pinho se dedicou 33 anos à universidade, onde trabalhava como secretária de uma das herdeiras do grupo. Demitida em 2013, ela conta que não recebeu sequer o salário do último mês trabalhado. 

Outra ex-funcionária, Gisele Gonzales, relatou que precisa do dinheiro para pagar dívidas.

Originalmente uma escola, a Gama Filho se tornou faculdade, vivendo o apogeu na década de 1980, quando o campus de Piedade, na Zona Norte, chegou a receber 30 mil alunos. A Gama Filho passou a contrair dívidas e, em 2009, fez um empréstimo milionário, suficiente para pagar o débito na época. Mas a operação entrou na mira da Justiça, por causar prejuízo para os fundos de pensão dos Correios e da Petrobras. Dois sócios chegaram a ser presos. O Grupo Galileo assumiu a gestão, mas, em 2014, a universidade foi descredenciada pelo Ministério da Educação. Em 2016, a Justiça decretou a falência da Gama Filho.

Os advogados da massa falida da faculdade disseram que ainda não receberam da Prefeitura o valor da desapropriação do terreno e que dependem disso para pagar os credores. 

A reportagem também procurou a Prefeitura do Rio, mas ainda não teve retorno.

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