A Polícia Civil do Rio não retirou os projéteis do corpo do motorista Anderson Gomes, que foi morto junto com a vereadora Marielle Franco. As informações são da equipe da BandNews FM, que teve acesso com exclusividade ao laudo de necropsia da vítima.

O corpo de Anderson teve três perfurações de arma de fogo nas costas e uma marca de saída de bala. De acordo com informações obtidas em primeira mão, sequer havia aparelho de Raio X no Instituto Médico Legal no dia do crime.

Além disso, um cartão de memória com fotos e vídeos do local da execução desapareceu. O carro onde as vítimas estavam só passou por uma nova perícia depois de 40 dias.

Ainda segundo as informações obtidas pela BandNews FM, na época, a diretora da Polícia Técnica tinha sido indicada por Rivaldo Barbosa. Ele era o chefe da Polícia Civil e está preso, acusado de desviar as investigações.

Segundo o inquérito da Polícia Federal, diversas autoridades da Polícia Civil desviaram as investigações do crime.

Procurada, a instituição negou o desaparecimento das mídias e disse que foram realizadas diversas perícias e que a investigação foi conduzida com transparência. No entanto, não respondeu sobre a não retirada dos projéteis.