O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir, nesta terça-feira (18), se as famílias da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, vão poder ter acesso aos autos da investigação sobre o mandante do crime de assassinato dos dois.
A defesa das famílias alega que as trocas frequentes no comando da Polícia, por cinco vezes, e também da equipe do Ministério Público, podem ter impactado as investigações. Familiares relembraram as interferências externas no procedimento e obstruções de provas.
As investigações apontam para motivações políticas. Até hoje, não se tem uma resposta de quem mandou matar Marielle. Duas pessoas estão presas acusadas de serem as executoras: Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Eles negam participação. Ainda não há data para júri popular.
Familiares de Marielle e Anderson entraram com esse mesmo pedido, de ter acesso aos autos da investigação, em 2021, no Tribunal de Justiça do Rio, mas ele foi negado. As famílias, então, tentam reverter a decisão no STJ e nesta terça (18) vão ter uma resposta.
Vereadora pelo PSOL, Marielle Franco foi assassinada, junto com o motorista, em 2018, no Centro do Rio. Os dois estavam voltando de um debate que a vereadora participou à noite, até que um carro emparelhou com o veículo dos dois e efetuou 13 disparos. A única sobrevivente foi a assessora que estava com eles, que oi atingida por estilhaços.