Pela terceira vez, o Governo Federal não consegue leiloar o edifício À Noite, que fica na Praça Mauá, Centro do Rio. Nesta quinta-feira, nenhum lance foi dado.
Inaugurado em 1929, o prédio foi o primeiro arranha céu da América Latina e pertence à União. Mesmo com um custo de manutenção de R$ 2 milhões por ano, atualmente está sem uso.
O ex-diretor da Rádio Nacional, Osmar Frazão, lembra de quando a rádio funcionava a decisão, e comemorou o resultado.
Para o historiador e professor da PUC Rio, Romulo Mattos, quando prédios como esse sofrem com o descaso, é como se parte da história também se apagasse.
O prédio foi oferecido pelo preço mínimo de R$ 38 milhões e 500 mil, 60% a menos do que o valor cotado na primeira tentativa do Governo Federal fazer o pregão eletrônico em abril do ano passado.
O Edifício À Noite não é o único que permanece em um imbróglio e amarga o abandono. O Palácio Capanema, que abrigou a sede do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, segue fechado. Em obra desde 2014, a promessa do Iphan é que a restauração termine até o ano que vem e que o Palácio volte a receber atividades culturais.
