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Investigação sobre golpe de R$ 720 milhões em idosa se aproxima de desfecho

Nesta quarta-feira (17), a falsa vidente Diana Rosa e o pai dela, Slavko Vuletic, foram encaminhados para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte

Thuany Dossares

Parte das obras foram recuperadas pela Polícia
Parte das obras foram recuperadas pela Polícia
Reprodução/Polícia Civil

O inquérito que investiga o golpe de mais de R$ 720 milhões contra uma idosa, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, está próximo de ser encerrado. A informação é do delegado Gilberto Ribeiro, responsável pelo caso.

Nesta quarta-feira (17), a falsa vidente Diana Rosa e o pai dela, Slavko Vuletic, os últimos dois envolvidos no esquema a serem presos, foram encaminhados para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte. A unidade é a porta de entrada dos presídios do Estado do Rio e onde acontecem as audiências de custódia. No entanto, segundo o Tribunal de Justiça, os nomes dos acusados não entraram na pauta das sessões. 

Com isso, eles devem passar pela audiência apenas na quinta-feira (18). Pai e filha foram capturados na terça-feira (16), por agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti), em Jaconé, no município de Saquarema, na Região dos Lagos.
Ao chegar na delegacia, Vuletic confessou o crime para jornalistas e disse estar arrependido de se envolver no esquema. No entanto, o suspeito não quis prestar depoimento e permaneceu em silêncio.

Agora, a operação Sol Poente entra na fase final. O delegado Gilberto Ribeiro afirmou que pretende ouvir apenas algumas testemunhas para finalizar a investigação.

O golpe foi articulado pela própria filha da vítima, Sabine Boghici, que já tinha sido presa na semana passada, junto com outras três pessoas.

Genevieve Boghici, de 82 anos, foi induzida por um grupo de falsos videntes a depositar R$ 9 milhões para um suposto tratamento espiritual para a filha. Ao desconfiar do golpe, a idosa foi mantida em cárcere privado. Ela, que é viúva do colecionador Jean Boghici, ainda teve o equivalente a mais de R$ 700 milhões em obras de arte e joias roubados.