Responsável por finalizar o inquérito que apurou o assassinato do pastor Anderson do Carmo, o delegado Allan Duarte disse que a deputada federal Flordelis foi a autora intelectual do crime, segundo as investigações.
A declaração foi dada durante o julgamento do caso de quatro acusados de envolvimento no caso. Allan disse que relatos de testemunhas e provas técnicas indicam que a motivação para o crime foi financeira.
O delegado também afirma que os outros réus do caso entraram em contradição e por isso foram também indiciados.
Ele declarou ainda que alguns dos filhos do casal, mais próximos de Flordelis, eram contrários ao controle que Anderson tinha sobre as decisões familiares e a carreira da deputada.
A discordância, inclusive, já tinha feito com que os filhos tentassem matar o pastor outras vezes, por envenenamento, segundo o delegado.
O depoimento de Allan começou às 15h10 e durou cerca de uma 1h30, terminando por volta de 16h40.
Antes dele, a delegada Bárbara Lomba, que iniciou as investigações do caso, foi ouvida. Ela abriu a sessão e falou por cerca de 3 horas.
Assim como Allan, Bárbara também contou que muitas pessoas eram favoráveis pelo rompimento da ex-deputada com o marido, por causa do domínio que ele exercia sobre ela e sua carreira.
Ainda segundo ela, as reclamações da família sobre Anderson eram todas muito sutis e Flordelis concordava com as queixas.
Ao todo, hoje serão ouvidas 17 testemunhas e quatro réus, que vão a júri popular e já recebem a sentença ao final do julgamento.
Inicialmente, seriam ouvidos cinco réus hoje, mas o advogado de um deles passou mal. O quinto acusado era André, um dos filhos biológicos da ex-deputada federal Flordelis.
Agora quem está depondo é a terceira testemunha, Luana, que era nora de Flordelis. O Julgamento deve entrar pela madrugada.