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Justiça do Rio expede novo mandado de prisão contra Victor Possobom

Ele já está preso, pela agressão à criança; Jéssica Jordão Carvalho foi mantida em cárcere privado por Possobom por cinco meses

Por Gabriela Morgado

Justiça do Rio expede novo mandado de prisão contra Victor Possobom Reprodução/Redes Sociais
Justiça do Rio expede novo mandado de prisão contra Victor Possobom
Reprodução/Redes Sociais

A Justiça do Rio expede um novo mandado de prisão contra Victor Possobom, acusado de agredir o enteado de quatro anos, desta vez por violência doméstica contra a ex-mulher, mãe da criança. Ele já está preso, pela agressão à criança. Jéssica Jordão Carvalho foi mantida em cárcere privado por Possobom por cinco meses. Ela afirma que foi agredida e estuprada durante esse tempo. Jéssica conseguiu fugir em julho.

Na decisão, o juiz João Guilherme Chaves Rosas Filho disse que o novo mandado de prisão é necessário, para proteger a integridade física e emocional da vítima e dos filhos, porque Possobom é perigoso e responde a outros processos criminais, entre eles por lesão corporal, ameaça e injúria.

Segundo Jéssica, ela acabou engravidando durante o cárcere e perdeu o bebê, após as agressões. Ela conta que foi levada para a Maternidade Municipal Dr. Mario Niajar, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, pela mãe de Possobom e uma enfermeira amiga dela, que a impediam de contar que estava sofrendo violência.

A vítima e a advogada dela tiveram acesso ao boletim médico nesta semana, quase um mês após a solicitação. Uma parte do documento, assinada pela psicóloga da maternidade, diz que Jéssica tinha emocional abalado por causa de conflitos familiares. Em nota, a maternidade disse que a paciente não relatou que havia sofrido violência doméstica e que ela foi atendida por mais de uma enfermeira.

Victor foi preso na semana passada, sete meses depois das agressões contra o enteado. Na época, ele foi denunciado à polícia pelo síndico do condomínio onde morava, que enviou um email à delegacia com imagens do crime, ao qual a Band teve acesso. A Polícia Civil disse que não recebeu as imagens em fevereiro. Segundo nota da corporação, a polícia solicitou ao síndico que enviasse as imagens de outra forma pela internet, porque a delegacia não conseguiu acesso ao arquivo, que seria muito grande. Em depoimento à Corregedoria neste mês, o síndico teria dito que não viu a mensagem com o pedido.

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