A Justiça do Rio manteve a prisão da delegada Adriana Belém, no processo ao qual ela responde por corrupção passiva.
No início do mês, a Justiça havia substituído a prisão preventiva por medidas cautelares, mas no processo que a delegada responde por lavagem de dinheiro. Ela, porém, não pôde sair da prisão por responder ainda por corrupção.
Nesta terça-feira (27), porém, o juiz Bruno Ruliére manteve a necessidade de prisão preventiva, sob a alegação de resguardar ordem pública e de que há gravidade concreta dos crimes de corrupção passiva, em uma possibilidade de "gigantesco" esquema de corrupção envolvendo organização criminosa em que a acusada estaria relacionada.
Adriana Belém foi presa em maio deste ano durante a Operação Calígula, que investiga o grupo criminoso responsável por um esquema de jogos de azar comandado pelo contraventor Rogério de Andrade. Na época, foram encontrados cerca de R$ 1 milhão e 800 mil em espécie no apartamento da delegada.
Em nota, a defesa de Adriana disse que considera injusta a decisão, que não há razão para mantê-la presa e que a delegada se encontra lá há mais de quatro meses e o processo sequer iniciou.