Lei que proíbe fumo em locais fechado protegeu 28 milhões contra o fumo passivo

Pesquisa do Instituto Nacional do Câncer compreende o período de 2008 a 2019, e destaca a mudança de hábito da população

Gabriela Souza

28 milhões foram protegidas do fumo passivo, segundo a pesquisa Banco Mundial/ONU
28 milhões foram protegidas do fumo passivo, segundo a pesquisa
Banco Mundial/ONU

A lei que proibiu o fumo em locais fechados no Brasil, aprovada em 1996, foi responsável pela proteção de 28 milhões de pessoas contra o fumo passivo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, isso ocorreu devido à mudança de hábito da população, que também passou a evitar o consumo de tabaco dentro de casa. A pesquisa compreende o período de 2008 a 2019.

Coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, a médica epidemiologista Liz Maria de Almeida afirma que a legislação foi fundamental para que houve uma maior conscientização sobre o assunto.

O pesquisador da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, André Szklo, diz que o conhecimento sobre os riscos para a saúde no ambiente doméstico é imprescindível para reduzir, não só a mortalidade por câncer de pulmão, como para prevenir outras doenças.

Fumante passivo é aquele que tem contato com a fumaça do cigarro de quem está fumando, ficando assim, exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos presentes do tabaco.

É importante lembrar que a fumaça do tabaco contém mais de 7 mil substâncias químicas e, no mínimo, 69 delas provocam câncer.

As estimativas atuais sugerem que, no Brasil, das cerca de 162 mil pessoas que morrem anualmente por conta do tabagismo, aproximadamente 19 mil são vítimas do fumo passivo. 

Em apoio ao Dia Mundial Sem Tabaco, a Fiocruz lançou uma campanha para alertar sobre os impactos ambientais do cultivo e uso do produto. O intuito é chamar a atenção para o desmatamento para a abertura de novas áreas de cultura e para a secagem de folhas e para as ameaça à saúde das pessoas que trabalham na cadeia produtiva.

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