Mãe de menina agredida em escola de Portugal se arrepende de deixar o Rio

Antônia Silverlene Melo vivia com a família em São Gonçalo e decidiu deixar o país em 2018, justamente pela violência no estado

Thaiana de Oliveira

Antes de ser agredida fisicamente, a menina já era alvo de ameaças Acervo pessoal
Antes de ser agredida fisicamente, a menina já era alvo de ameaças
Acervo pessoal

O sentimento de impotência leva a mãe da menina de 11 anos agredida em uma escola de Portugal a se arrepender de ter deixado o Rio de Janeiro para ir viver na Europa.

A operadora de embalagens Antônia Silverlene Melo é natural do Ceará, mas vivia com a família em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A decisão de deixar o país, em 2018, foi motivada justamente pela violência no estado.  

Depois de ver as imagens que mostram a filha sendo agredida com tapas e empurrões, a brasileira fez um desabafo nas redes sociais.

Antes de ser agredida fisicamente, a menina já era alvo de ameaças. Em mensagens enviadas no fim do ano passado, uma das aulas chegou a dizer que a garota era odiada pelos colegas de turma e que todos queriam que ela morresse.

A mãe da vítima diz que, desde que se mudou para Portugal, a criança passa por acompanhamento psicológico.

Uma pesquisa da Associação Casa do Brasil de Lisboa apontou que 75% dos imigrantes em Portugal já foram alvo de discurso de ódio. A psicóloga Leticia de Oliveira reforça que a violência deixa marcas para a vida toda.

Após a divulgação do vídeo que mostra a filha sendo agredida, Antônia Silverlene Melo foi à polícia e procurou a escola, que ofereceu suporte e prometeu tomar medidas para evitar situações parecidas.

Apesar disso, a brasileira preferiu transferir a menina.

A reportagem não conseguiu contato com os responsáveis pela unidade de ensino.

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