Foram convertidas em preventivas as prisões em flagrante da mãe e madrasta do pequeno Davi Luccas Vianna de Almeida, de apenas três anos, que morreu após uma parada cardiorespiratória. As duas foram presas em flagrante, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, por lesão corporal qualificada pelo resultado de morte. A suspeita é de que a criança era alvo de maus tratos rotineiros.
De acordo com o juiz Pedro Ivo Martins Caruso, a situação é de extrema gravidade e há provas da existência do crime e indícios suficientes de autoria de Pamela Viana Cardoso de Sousa e Lorranny Beatriz Cosme Ramos, as duas de 21 anos.
Segundo o depoimento do médico envolvido no atendimento na UPA de Del Castilho, onde a criança foi levada, foram constatados vários hematomas no abdômen e toráx, além de uma queimadura no mamilo esquerdo e lesões com idades diferentes compativeis com eventual prática de maus tratos.
O caso ocorreu no domingo (31). Lorrany pediu ajuda a uma vizinha, alegando que a criança estava sem respirar. De acordo com os depoimentos, a madrasta teria deixado o menino sozinho no quarto, quando ouviu um barulho.
Então, realizou manobras, com tapas e sacolejos, para ele voltar a respirar. Segundo o juiz, isso impõe responsabilidade na mulher, que contribuiu com o resultado da morte da criança. Em relação à Pamela, o juiz alegou que ela mentiu e está conivente com a ação, já que alegou que a criança estava bem, antes de sair de casa. Entretanto, o menino teria lesões compatíveis antes do ocorrido.