Pescadores que atuam na Baía de Guanabara retiraram mais de 150 toneladas de lixo de praias e manguezais desde fevereiro.
A iniciativa da Federação Estadual dos Pescadores do Rio de Janeiro busca também analisar as condições territoriais e ambientais e mapear os pontos críticos. Além disso, o Projeto Águas da Guanabara oferece exames de rotina, auxílio alimentação e remuneração para os pescadores.
A poluição da Baía, além de afetar diretamente a atividade pesqueira, está degradando rapidamente o meio ambiente e os recursos hídricos locais. Nesta semana, ela teve a pior classificação da qualidade da água desde que o INEA começou a fazer essa análise, em 2014. Todos os pontos monitorados apresentaram qualidade ruim ou péssima.
O presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do Rio de Janeiro, Miguel Fernández, diz que a situação não deve melhorar enquanto não houver um tratamento de esgoto adequado.
Recentemente, três embarcações que fazem o transporte de passageiros precisaram ser retiradas de circulação após serem danificadas pelo lixo flutuante na Baía de Guanabara. Em documento enviado à Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado, a concessionária CCR Barcas afirma que os problemas vêm se agravando com a suspensão das 17 ecobarreiras instaladas ao longo do corpo hídrico da baía.
Em nota, o Inea informou que está retomando a operação das ecobarreiras, que havia sido interrompida porque o contrato com a empresa responsável havia expirado.
*Estagiário sob supervisão de Isabele Rangel