Máscaras: parte dos cariocas permanece usando a proteção nos espaços fechados

O uso do equipamento é recomendado pela Prefeitura para pessoas não vacinadas, com imunossupressão, comorbidade de alto risco ou com sintomas de síndrome gripal

Andrezza Buzzani

A medida está em vigor desde a última segunda-feira (7) Tânia Rego/Agência Brasil
A medida está em vigor desde a última segunda-feira (7)
Tânia Rego/Agência Brasil

Um dia após a flexibilização do uso de máscara na cidade do Rio, parte dos cariocas permanece usando o equipamento de proteção, principalmente, nos espaços fechados e no transporte público. Outros, no entanto, já aderiram à liberação.

Nesta segunda-feira (7), o prefeito Eduardo Paes publicou, em edição extra do Diário Oficial do Município, o decreto que desobriga o uso da máscara em locais fechados. A mudança aconteceu após os 16 membros do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da cidade votarem a favor da medida diante da queda dos indicadores da doença.

Seguindo a decisão da Prefeitura, o uso de máscaras dentro do metrô passa a ser uma escolha individual de cada cliente, de acordo com o MetrôRio.

O Rio Ônibus disse que respeita a decisão das autoridades competentes, mas recomenda aos passageiros que continuem utilizando máscaras e que mantenham higienização das mãos.

Na Rodoviária do Rio, estão sendo seguidas as determinações dos decretos estadual e municipal.

No VLT, vale o que foi decidido pela Prefeitura, mas a recomendação também é que os usuários sigam usando o item.

A CCR Barcas disse que seguirá o determinado em decretos das prefeituras do Rio e de Niterói, que ainda avalia a flexibilização total.

A Infraero, responsável pelo Aeroporto Santos Dumont, disse que vai seguir a orientação da Anvisa. 

Na rede pública estadual, a Secretaria Estadual de Educação informou que as escolas da rede deverão seguir os protocolos sanitários vigentes dos municípios em que estão localizadas.

Por outro lado, o Sindicato dos Professores do Município do Rio disse que recebeu com muita preocupação a notícia do novo decreto e orienta que uso de máscara nas escolas e locais fechados ainda seja necessário.

O Sindicato das Escolas Particulares do Rio informou que cada unidade educacional vai poder decidir sobre a flexibilização.

Apesar da nova regra, a Universidade Federal do Rio de Janeiro manteve a obrigatoriedade. O item pode ser flexibilizado apenas nos espaços abertos sem aglomeração.

Questionado a respeito das medidas contrárias, o secretário municipal de Saúde do Rio afirmou que as instituições podem tomar as próprias decisões a respeito da flexibilização. Daniel Soranz reforçou que tanto a Fiocruz quanto a UFRJ possuem integrantes no Comitê Científico do Município que foram favoráveis ao fim da restrição. 

O infectologista e membro do Comitê Científico, Alberto Chebabo, disse que não há controvérsia na posição da UFRJ e do Comitê, que deixou a cargo de cada unidade definir sua estratégia. 

O secretário destacou a importância dos quase 700 mil cariocas que ainda não tomaram a dose de reforço procurarem os postos. Caso as pessoas não completem o esquema vacinal, Daniel Soranz alertou para a possibilidade da reintrodução de variantes que já circularam na cidade. 

A Uerj também manterá a exigência do uso de máscara em todas as instalações e campi.

A PUC-Rio afirmou que ainda recomenda o uso de máscara nas dependências da universidade como medida de autoproteção e cuidado com o próximo.

A Associação Comercial do Rio de Janeiro disse que apoia a decisão do Comitê Científico da Prefeitura do Rio e do prefeito Eduardo Paes. 

A Federação Brasileira dos Bancos afirmou que as instituições bancárias vão observar as regras locais para a entrada dos clientes nas agências. Já o uso de máscaras pelos funcionários e colaboradores dos bancos vai seguir a previsão da legislação trabalhista que dispõe sobre a necessidade de medidas sanitárias nos estabelecimentos.

A partir desta quarta-feira (9), a Assembleia Legislativa do Rio também vai passar a desobrigar a medida no prédio da Alerj e no Palácio Tiradentes. O uso obrigatório vale somente para atividades próprias e terceirizadas que atendam ao público interno e externo da Casa, como as portarias.

O uso de máscara é recomendado pelo Município para pessoas não vacinadas, com imunossupressão, comorbidade de alto risco ou com sintomas de síndrome gripal.

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