A menina de dez anos que morreu após ficar com o cabelo preso no ralo de uma piscina, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, tinha acabado de entrar na água para brincar com outras crianças. O episódio aconteceu no domingo (17), durante uma festa em um sítio.  

Um amigo da família afirma que tudo foi muito rápido. Leonardo Lacerda conta que todos tinham acabado de chegar no local para uma confraternização quando, em menos de cinco minutos, a vítima identificada como Sara teve o cabelo sugado. Ele mesmo tentou socorrer a menina.

Parentes contaram que assim que chegaram, conferiram se a piscina era rasa, e ficaram despreocupados porque a menina sabia nadar. Quem alertou que Sara estava presa no fundo da piscina, foi a prima de sete anos que estava brincando com ela.  

Sara foi levada para a UPA do Mendanha mas não resistiu. Em nota, a direção da unidade informou que a criança deu entrada com estado grave, sendo imediatamente intubada, mas acabou morrendo após uma parada cardiorrespiratória.

Os Bombeiros foram acionados para fazer a remoção do corpo, que foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Campo Grande. A mãe de Sara esteve no local para fazer a liberação do corpo, mas muito abalada teve que ser retirada pelos parentes.

No município do Rio, a lei que obriga a colocação de um dispositivo para interromper o processo de sucção em piscinas foi sancionada em 2015 pelo Prefeito Eduardo Paes.

A medida abrange clubes sociais e esportivos, condomínios, hotéis, academias e locais onde haja piscinas de uso coletivo.

A lei, que tem autoria do vereador Marcelo Arar, conta com multa em caso de descumprimento é de R$ 2.000,00.

O estado também conta normas com mesma finalidade.

Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, diariamente quatro crianças morrem afogadas. Entre aquelas com idades entre quatro e doze anos, e que sabem nadar, a principal causa é a sucção da bomba em piscinas.