Antes de iniciar a nona sessão de uma nova quimioterapia, Gabriele Neves Baptista dos Santos teve o tratamento interrompido pelo plano de saúde Golden Cross. A operadora solicitou a transferência de hospitais para o procedimento, mas negou a entrada em uma outra unidade.
A paciente terminaria o tratamento com 12 sessões.
Gabriele, de 44 anos, sofre de câncer no reto peritônio e descobriu metástase para o fígado, pâncreas, pulmão e coluna.
A paciente contou que o tratamento dela era feito na Rede D´Or de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, mas, na última sexta (23), ele foi negado com a alegação de que o hospital foi desvinculado do sistema do plano em relação ao procedimento, que passou de quimioterapia venosa para oral. Ela, então, foi transferida para a Onco Clínica em Itaipu, na mesma região mas, para isso, precisava de nova autorização da Golden Cross, que não foi dada.
De acordo com a mulher, a justificativa do plano foi que o tratamento não constava mais no rol taxativo. Nesta quarta, o rol para a cobertura de planos de saúde foi derrubado, assim, as operadoras de assistência à saúde podem ser obrigadas a oferecer cobertura de exames ou tratamentos que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar.
Enquanto isso, Gabriele teme pela vida.
Em nota, o plano Golden Cross disse que já vem cobrindo o tratamento da paciente desde janeiro deste ano, mas o medicamento solicitado recentemente não está nas regras regulatórias e diretrizes médicas de utilização.