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Mulheres chefes de família são as mais afetadas pelo fome no Rio de Janeiro

É o que aponta um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, divulgada pela ONG Ação da Cidadania

Gabriela Souza

15% da população do Estado do Rio não tem o que comer
15% da população do Estado do Rio não tem o que comer
Marcello Casal/Agência Brasil

As mulheres chefes de família são as mais afetadas pela fome no Rio de Janeiro. É o que aponta um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, divulgada pela ONG Ação da Cidadania.  

De acordo com o levantamento, 38,6% da população feminina está em total situação de fome. Muitas que se encontram desempregadas, dependem de doações ou de programas comunitários para ter o que colocar na mesa. É o caso de Luana da Silva de 35 anos, que, além de não estar no mercado de trabalho, tem duas filhas, uma delas com deficiência.  

Ainda segundo o estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a fome também tem cor. Pretos e pardos são os que mais sofrem com o problema nas formas graves e moderadas. Segundo os dados, 37,6% vivem com restrições ou passam fome.  

No total, o 15% da população do Estado do Rio não tem o que comer. O número equivale a 2 milhões e 700 mil pessoas. De 2018 para cá, o número de pessoas com fome no estado aumentou em quatro vezes.

Nesta sexta-feira (24), a Prefeitura do Rio inaugurou mais uma Cozinha Comunitária do programa Prato Feito Carioca, na Comunidade do Himalaia, no Complexo de Chapadão, em Anchieta, na Zona Norte do Rio. Essa é quarta unidade no município. O objetivo é ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A previsão é de que cada cozinha sirva 5.600 refeições por mês.  Segundo a Prefeitura, serão inauguradas mais 11 cozinhas até o início de julho.