Notícias

Ocorrências de furtos de cabos nas SuperVia cai nas delegacias

Em julho foram 39 cabos a menos roubados em relação ao mês anterior

João Boueri*

Roubo de cabos ainda é superior a 2021
Roubo de cabos ainda é superior a 2021
Reprodução/SuperVia

 A SuperVia diminuiu o número de registro de ocorrência de furtos de cabos nas delegacias, mesmo depois do crime ultrapassar a marca de todo o ano de 2021. A informação foi divulgada durante a última reunião realizada entre a concessionária de trens urbanos, Governo do Estado, Polícia Militar e Agetransp.

Se 64 registros de ocorrência foram realizados pela SuperVia em junho deste ano, o número de furtos de cabos contabilizado pela concessionária foi de 201. Os dados são da Polícia Civil e da própria SuperVia. Em julho foram 25 registros nas delegacias. Somente nos quatro primeiros dias do mesmo mês, a concessionária disse que teve 24 ocorrências. A justificativa é de que ainda não foi possível se adaptar às novas exigências das delegacias.

Em junho, a Polícia passou a exigir o registro dos furtos de cabos de forma presencial com a preservação do local para perícia e termo de declaração do funcionário que verificou o furto. 

Foi criado também um subtítulo ''furto a concessionária de serviço público'' para facilitar o acompanhamento das ocorrências. A justificativa da instituição é de que as informações passadas pelos registros on-line da SuperVia eram precárias e com lapso temporal de 30 a 45 dias.  

No encontro, a concessionária disse que a quantidade de furto de cabos até julho já ultrapassou todo o ano de 2021, sendo o maior ponto de incidência nas estações São Francisco Xavier, Praça da Bandeira e Sampaio. No ano passado foram 865 ocorrências. Até o dia 4 de julho de 2022, ocorreram mais de 900 crimes de furtos de cabos, segundo a concessionária. A SuperVia apontou ainda que os cabos da rede aérea tiveram aumento significativo de furtos de cabos desde abril e que até os cabos aterrados viraram alvo dos criminosos.  

A SuperVia havia solicitado a transformação do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) em batalhão. No entanto, a Polícia Militar disse que não é necessário e o Governo do Estado disse que a possibilidade é remota.

A BandNews FM procurou a SuperVia, mas ainda não obteve retorno. 

*Estagiário sob supervisão de Christiano Pinho

Tópicos relacionados