A defasagem no preço médio da gasolina vendida em refinarias da Petrobras na comparação com os preços internacionais chega a 24%. A informação faz parte de um novo relatório divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, divulgado nesta sexta-feira (28).
Já o valor do combustível comercializado nas principais refinarias do país acumulou defasagem média de 21%, enquanto o óleo diesel está 19% abaixo. Segundo o estudo, apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência do óleo diesel e da gasolina apresentaram ligeira valorização no mercado internacional
Em maio, a Petrobras anunciou que deixaria de seguir a política de Paridade de Preços Internacional (PPI) e passaria a adotar uma nova estratégia para a formulação dos valores dos combustíveis.
Segundo o economista da FGV Mauro Rochlin, o impacto pode ser grande em um momento de correção da defasagem.
Um outro levantamento do Observatório Social do Petróleo apontou que o preço da gasolina vendida pela estatal está 23% mais barato do que a média cobrada pelas refinarias privadas. De acordo com a pesquisa, a diferença atingiu, neste mês de julho, o maior patamar da série histórica, iniciada em dezembro de 2021, quando foi privatizada a primeira unidade de refino estatal, a atual Refinaria de Mataripe, na Bahia.
Na análise do economista Eric Gil Dantas, o número é reflexo do mercado internacional.
Segundo o estudo, o litro do combustível está custando R$ 2,52, enquanto as refinarias privatizadas cobram, em média, R$ 3,10. A recordista dos preços mais altos do país é a Refinaria Potiguar Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, privatizada em junho.